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Ricardo Pinto esteve na Letónia a disputar a Taça da Europa e posteriormente na Lituânia, onde competiu no Campeonato do Mundo de Orientação de Precisão. O atleta do DAHP - Desporto Adaptado do Hospital da Prelada - representou, pelo quarto ano consecutivo, a seleção portuguesa em provas internacionais.
Depois das provas, Ricardo Pinto assumiu que a sua prestação não correu exatamente como esperava. "Ficou muito aquém das minhas expectativas; esperava um terreno muito diferente e desafios que pudessem ser resolvidos mais facilmente". O atleta considera ainda que a sua condição não ajudou em nada, uma vez que "os desafios, eram na sua maioria de longa distância, o que para cadeirantes é muito mais complicado de resolver devido à posição de visualização relativamente ao terreno".
Embora não tenha alcançado o resultado ambicionado, o atleta prefere destacar os pontos positivos: "Deu para perceber que tenho ainda muito a aprender no que toca à leitura do terreno e curvas de níveis. Terei que arranjar forma de treinar essa parte, ainda não sei como, mas tenho." Ricardo Pinto aponta como principal motivo para não ter atingido os resultados esperados o facto de não existirem provas suficientes para treinar durante o ano, o que contribuiu para o facto de "não estar muito à vontade nos desafios lançados durante o ECTO e o WTOC".
Susana Pontes, que tem como principal função apoiar o atleta durante as provas, afirma que foram dias "muito desgastantes". "Ao nível físico foi mais uma vez bastante desafiante, pois encontramos um terreno arenoso, de difícil progressão, com destaque para um dia de prova com chuva intensa e muito frio, situação que acaba sempre por condicionar a minha função, mas a nível geral considero ter sido bastante positivo. A experiência é desgastante, mas também é ?super' gratificante", sublinha.
Para que a participação do Ricardo Pinto fosse possível, o Hospital da Prelada contou com o patrocínio das empresas Lousas de Valongo e Mobilitec.
A Orientação de Precisão é uma modalidade na qual o atleta possui um mapa de orientação, com diversos pontos decisivos ao longo do percurso que vai fazendo. Nestes pontos são tomadas decisões que posteriormente se refletem na performance do atleta.
A Misericórdia do Porto iniciou a promoção do desporto adaptado em 2009, através do serviço de Medicina Física e Reabilitação do Hospital da Prelada. Nesse mesmo ano nasceu o DAHP, pioneiro no relançamento da modalidade de Orientação de Precisão em Portugal .