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A ansiedade é uma emoção perfeitamente compreensível perante uma crise sem precedentes como a que estamos a viver agora devido ao Coronavírus.
A ansiedade aumenta perante a incerteza, a imprevisibilidade e quando sentimos que não temos controle sobre a situação.
Até agora todos os esforços têm sido concentrados no tratamento, controle e desenvolvimento de uma vacina, mas quando conseguirmos controlar a pandemia e regressar a uma vida normal, o enfoque serão as sequelas psicológicas que vão emergir e persistir durante meses ou anos.
Durante o período agudo da crise, a maioria das pessoas, em graus diferentes, experienciam o medo da infeção, dos sintomas e das consequências de uma pandemia. Associado a estes stresses temos a rutura com as rotinas habituais e o isolamento social que nos é imposto. Longos períodos de isolamento físico, nomeadamente quando não é voluntário, sem uma adequada explicação, ou acompanhado por perdas económicas significativas torna-se um enorme risco para a nossa saúde mental.
As pessoas com história de doença mental prévia ou constitucionalmente mais vulneráveis correm mais risco de descompensar ou de agravar os sintomas.
Como estamos perante uma situação completamente nova, não é possível prever a extensão e o impacto da crise. Podemos recorrer à experiência anterior com desastres naturais ou produzidos pelo Homem, mas nenhuma das situações é comparável a esta crise. O ultimo evento passível de comparação deve ser a Gripe Espanhola ocorrida em 1918, mas que já aconteceu há um seculo e, portanto, é difícil de extrapolar. As epidemias posteriores incluindo a poliomielite, o HIV, Ébola, MERSA, SARS, e gripe suína, algumas delas mais virulentas, não tiveram a escala destas e foram menos disruptivas. Mesmo alguns desastres recentes como o Katrina ou o 11 de Setembro, foram mais contidos no espaço e no tempo que a COVID-19.
Se calhar a melhor comparação poderá ser feita com a Grande Depressão de 1930.
Esta crise económica teve um impacto significativo na saúde mental de quem passou por ela. Muitas das alterações psicológicas e do comportamento não chegaram a ser diagnosticadas, mas detetou-se um aumento do numero de suicídios, de quadros depressivos, ansiosos, abuso de substancias e Perturbações Pós Stress Traumático após estes acontecimentos.
Uma atenção especial deve ser dada aqueles indivíduos mais vulneráveis ou com doenças mentais previas, que vão necessitar de uma vigilância psiquiátrica mais frequente.
Mas também deverá haver uma atenção especial para os residentes em áreas mais afetadas pela pandemia, que lidaram mais de perto com as suas consequências, perderam familiares ou amigos e em muitos casos nem se puderam despedir deles. A acrescer a necessidade de isolamento social mais prolongado e uma redução significativa do suporte emocional.
A Zona Norte foi no inicio desta crise uma área particularmente afetada, com maior numero de infetados, maior numero de internados e maior numero de mortos, assim é uma região particularmente vulnerável, sendo de prever um aumento do numero de Depressões e Perturbações da Ansiedade, bem como, outras doenças mentais como o abuso de substâncias (álcool e outras drogas).
É neste contexto que o Centro Hospitalar Conde de Ferreira surge como resposta a estes problemas, dispondo de uma Consulta Externa aberta todos os dias da semana e disponibilizando consultas de Psiquiatria, Psicologia e Nutrição.
Se sentir que precisa de ajuda nestas áreas não hesite em nos contactar.
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