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Estratégias para ultrapassar a ansiedade e o medo durante o desconfinamento.
Durante semanas tivemos de ficar confinados dentro das nossas casas devido à pandemia do coronavírus. De um dia para outro as nossas vidas mudaram de uma forma brusca e radical. Permanecer em casa exigiu uma adaptação rápida em todos os aspetos da vida quotidiana das pessoas: partilhar 24 horas ao dia com o nosso parceiro e filhos, estudar ou trabalhar à distância através da utilização das novas tecnologias, deixar de visitar e de nos relacionar com os nossos familiares e amigos, não poder ir a um restaurante ou a um espetáculo, os nossos filhos não poderem brincar com outras crianças da sua idade, entre outras mudanças.
Com o desconfinamento vamos recuperando, de forma gradual, as nossas rotinas, mas sem esquecer que o coronavírus continua a ser uma ameaça. O facto de ir recuperando certa normalidade pode supor um desafio para algumas pessoas, às vezes mais difícil do que no período de confinamento que fomos deixando atrás. É o medo a nova realidade.
Em maior ou menor grau, qualquer mudança gera ansiedade, stress ou confusão. A crise sanitária do coronavírus alterou a nossa perceção de normalidade que estávamos habituados a controlar. Por isso, o que se espera é que as sensações de descontrolo e incerteza sejam mais intensas. Agora, que temos uma maior liberdade de movimentos e capacidade de decisão das nossas vidas, podemos reagir de diferentes formas:
| com medo e preocupação perante o processo de desconfinamento, por um possível contagio, ou pelas consequências económicas da crise sanitária; com ansiedade, stress ou pânico perante as possíveis saídas diárias ou face à nova reestruturação que implica o desconfinamento;
| com tristeza, apatia ou desmotivação para as atividades quotidianas, as saídas diárias ou para o regresso ao trabalho;
| com raiva ou frustração perante as autoridades, ou face às pessoas próximas, já seja pela gestão da crise ou pelo que o próprio perceba como erros;
| com perplexidade ou confusão face o regresso a uma normalidade indefinida e incerta.
Assim, para poder controlar e canalizar de uma forma mais adequada e saudável esse leque de emoções, que podem surgir durante o desconfinamento, recomendamos a continuação um conjunto de estratégias e pautas a seguir:
| Identificação dos seus medos e preocupações - tentar cortejá-los com informações e dados fiáveis. Não recalque os seus medos e emoções nem force um estado emocional positivo. Liberte as emoções.
| Determinação gradual de objetivos - considera-se útil procurar uma meta ou um objetivo, antigo ou novo, porque será a força motriz que nos vai a empurrar para continuar a nossa vida para a frente. Siga os seus próprios tempos e respeite as suas necessidades. Controle a sua autoexigência e tente ser flexível na consecução dos seus objetivos.
| Potenciar as relações sociais e familiares - quer através das novas tecnologias quer de forma presencial seguindo as indicações das autoridades de saúde. Uma das ações mais positivas do ponto de vista da saúde mental, durante a socialização, é poder partilhar com os outros as nossas emoções, sentimentos, medos e preocupações, e assim podermos criar empatia uns com os outros.
| Promoção de uma vida ordenada e de hábitos saudáveis - recuperação dos hábitos de alimentação saudáveis, regulação dos horários de sono e pratica de exercício físico. O exercício físico, além de resultar benéfico para o corpo, ajuda a regular as emoções. Realize aquelas atividades que gosta, como cozinhar, ler ou passear pela natureza, para evitar estar grande parte do tempo "conectado" a notícias sobre a pandemia.
| Procura de um profissional - se a ansiedade ou o medo persistem no tempo ou são tão intensos que interferem na sua vida, consulte um profissional de saúde.
No entanto, proteja-se e proteja os outros, não esquecendo as medidas de prevenção como a manutenção do distanciamento físico, a lavagem frequente das mãos e o uso de máscara nos lugares públicos e fechados.
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