Investigadoras do Instituto Superior de Engenharia do Porto estão a desenvolver dois dispositivos "autónomos e baratos" que vão permitir a deteção precoce do cancro através de uma amostra composta por uma gota de sangue.
No projeto 3 P's, liderado por Goreti Sales, "a leitura da amostra de sangue vai dar origem a uma cor, que vai permitir ao médico verificar se o paciente tem um biomarcador (biomolécula que circula no nosso organismo) alterado e indicar a necessidade de realizar análises aprofundadas e específicas", explicou à Lusa a investigadora.
O projeto finaliza em janeiro de 2018, contando com a colaboração do IPO-Porto para o teste do dispositivo em amostras de sangue, urina e saliva.
Já o projeto Symbiotic, liderado pela investigadora Lúcia Brandão, associa os anticorpos plásticos a um dispositivo autónomo que produz energia, mas não usa a célula fotovoltaica. "Se o sinal elétrico dessa célula combustível variar, vai dar indicação a um outro dispositivo agrupado, que muda de cor, indicando ao médico se o paciente tem indícios de cancro", esclareceu Lúcia Brandão.
Este projeto teve início em junho de 2015 e tem a duração de três anos.